segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Ensino de inglês mira tecnologia

01/08/2010 - 12h16


Ensino de inglês mira tecnologia


VANESSA PRATA

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



Foi-se o tempo em que professores de inglês podiam encarar a profissão como um "bico" e o mercado exigia apenas fluência na língua para ingressar na carreira.



Cada vez mais é necessário estar por dentro das novas metodologias e abordagens e utilizar a tecnologia como aliada, sem deixar de lado o aspecto humano do ensino.



Esses foram os motes da Convenção Nacional Braz-Tesol, que reuniu 1.200 profissionais de ensino de inglês do Brasil e do mundo de 19 a 22 de julho em São Paulo.



"A profissionalização do setor é uma tendência. O mercado está mais exigente e precisa de professores qualificados e comprometidos", afirma Vinícius Nobre, vice-presidente da Braz-Tesol, a maior associação de professores de inglês do país.



Na sessão de abertura, Patricia Friedrich, professora da Universidade do Estado do Arizona, dos EUA, destacou a responsabilidade social do professor de idiomas.



"Dar aulas não é só um emprego. Devemos ter consciência do impacto do inglês como língua global e de que a linguagem pode ser um veículo para resolver conflitos."



INGLÊS GLOBAL



Uma das principais tendências no ensino de inglês é o uso de tecnologia, como sites, filmes, vídeos do YouTube, blogs e podcasts (arquivos de áudio on-line).



"O professor tem de conhecer as ferramentas e orientar os alunos a utilizá-las fora da sala de aula também, para o aprendizado na rapidez que o mercado exige hoje", diz o inglês Graeme Hodgson, diretor de língua inglesa do British Council.



"Quem lutar contra a tecnologia sairá perdendo. É importante aprender a lidar e trabalhar com ela", completa David Crystal, autor de duas enciclopédias da Cambridge University Press.



Com a internet, ganha destaque a ideia de um "inglês global", com mais variedade linguística do que a tradicional divisão entre o inglês britânico e o norte-americano.



Para o professor Henrique Moura, respeitar as características culturais dos falantes não nativos é um dos temas em pauta atualmente.



"Na China, há mais alunos aprendendo inglês do que nativos dessa língua, e isso tem impacto no ensino. Não é preciso ter a preocupação de soar como um nativo, mas de ser compreendido globalmente", declara Ben Goldstein, professor de cursos on-line da Universitat Oberta de Catalunya, na Espanha.

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